quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Mídia-Educação: Ensino e Competências


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EDUCAÇÃO NA CULTURA DIGITAL
NÚCLEO ESPECÍFICO EDUCAÇÃO FÍSICA

 
EEB Profª Maria da Glória Silva
Cursista: Profª Mágda Custódio Costa

 
Atividade 3
Mídia-Educação: Ensino e Competências
 
ARTIGO: SURF E EDUCAÇÃO: O CONCEITO DE MÍDIA-EDUCAÇÃO EM UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA COM O SURF
Giorgia Enae Martins
Bolsista PET- Educação Física/UFSC
Aluna da Graduação em Educação Física – Licenciatura/UFSC
 
Resenha do artigo acima por Profª Mágda Costa
 
           Este artigo objetiva buscar no conceito Mídia-educação ferramentas de se trabalhar o surf na escola, de forma a aumentar a bagagem de conteúdos a serem trabalhados nas aulas de Educação Física em escolas de cidades litorâneas de Santa Catarina, da autora Martins,  Giorgia Enae , Bolsista PET- Educação Física/UFSC, disponível em http://pt.scribd.com/doc/23404636/Surf-e-Educacao#scribd.
           A narrativa textual fora organizada em tópicos através da apresentação do artigo, introduzindo em seguida o assunto e posterior fundamentação teórica sobre a  utilização do conceito mídia e educação aliado ao conteúdo do Surf na Educação Física Escolar com tópicos sobre mídias, surf e educação e seus referidos conceitos, considerações finais e referências bibliográficas sobre o referido estudo.   
          Em sua explanação introdutória a autora refere-se à infância e a adolescência com fundamental importância para o desenvolvimento do ser humano,  onde ocorrem transformações em seu processo de formação, e concordo que nesta fase, boa parte destas mudanças ocorrem em período escolar e a escola deve estar atenta para contribuir para o melhor desenvolvimento deste ser em permanente evolução, metamorfoses e aprendizados, preparando-o  para a vida.                                                        
           Sendo que a autora considera que a estrutura de ensino escolar atual é determinada por uma realidade política e quantitativa, em busca do aumento de estatísticas, sem o devido cuidado com a qualidade do ensino e com aqueles que vivenciam o espaço escolar.
           Cita  Padilha (2001) que propõe uma forma de organização escolar onde o planejamento, não mais, funcione como argumento administrativo e burocrático somente, mas como forma de estabelecer diretrizes norteadoras da educação.
            Eu diria que nesta perspectiva a educação deve primar pela formação integral do educando vislumbrando integrar diferentes metodologias para alcançar com êxito o ensino aprendizado de forma a ressignificar o saber, interagindo com o meio social onde o discente está inserido. Na atualidade os jovens são nativos digitais, estabelecem relações sociais e de aprendizagem através das mídias digitais e então é possível utilizar este recurso midiático para alavancar a aprendizagem e estabelecer relações sociais, utilizando um mecanismo já inerente à vida juvenil, o que tornaria o processo mais agradável e de maior interesse aos educandos.
            Segundo a autora deste artigo no tópico surf e educação,  nas aulas de Educação Física, os conteúdos devem condizer com a realidade da cultura corporal presente naquela comunidade ou localidade. Penso que,  por haver identidade e apreço dos alunos por uma atividade, cultura já predominante na sua comunidade, neste caso, o surf, vai tornar o estudo muito mais significativo e certamente vai responder aos anseios de conhecimento e aprofundamento de estudos por parte destes discentes fazendo com que participem e correspondam às expectativas do professor também.
            Conceituando diz que “Mídia é uma palavra derivada do latim que significa meio. São os meios de comunicação de massa, relacionados à área técnica de propaganda com a veiculação de mensagens comercias.”  E acredito que no caso da Educação Física podem ser exploradas várias formas de mídias para difundir ainda mais o conhecimento que estes alunos já possuem sofre o surf, através de matérias em jornais impressos, matérias televisivas, imagens e vídeos da internet das manobras realizadas nas ondas, entrevistas de surfistas renomados na região, estados e países.
            Com um projeto de Surf na Escola, todos meios utilizados no processo educativo entram em vigor, e ainda incitam a criatividade e a renovação da ação do professor, diz a autora. E contribuo afirmando que muitos destes movimentos e posturas corporais necessárias para equilibrar-se sobre a prancha podem ser praticados na escola durante as aulas de educação física, improvisando ambiente e recriando equipamentos para tal finalidade. E também penso na possibilidade de uma saída de estudo até a beira mar para uma atividade de aprendizagem mais específica, onde além da prática, filmariam, bateriam fotos, associando os meios de aprendizagem à cultura digital, editariam no Powerpoint, produziriam vídeos, problematizando o movimento humano no Surf e a relação com a ação humana e da sociedade nas aulas de educação física. E para finalizar todo o processo de ensino aprendizagem seria ótimo utilizar a mídia para difundi-lo e receber sugestões de melhorias. Poderiam utilizar o blog e face da escola, uma rádio local e jornais impressos e online locais.
            Citando  Perriault (1996) Apud Belloni (2001), descreve que “é urgente atualizar a tecnologia educacional porque uma nova “autodidaxia” importante está se desenvolvendo há vários anos nos jovens por meio das mídias”. Autodidaxia, ou seja, o caminho da educação é através do próprio aprendiz, do usuário.
            Creio ser visível que os jovens já estão tão apegados e familiarizados com as mídias que facilitaria em muito o trabalho do professor ao fazer uso delas como ferramenta pedagógica proporcionando  aproveitamento das TDIC utilizada nas diferentes linguagens como mecanismo de aprofundamento do conhecimento, neste caso do surf, favorecendo a inclusão e acesso as tecnologias digitais e letramento, autonomia,  autoria e produção dos  trabalhos aplicando conhecimentos e representando o pensamento nas diferentes linguagens digitais através  das pesquisas em rede, organização das apresentações, filmagens e edição dos vídeos.
             Segundo a autora, em suas considerações finais,  o aluno aprende a dar ênfase ao que eles próprios querem passar sobre determinado conteúdo, no caso o Surf, e entender o processo de manipulação da informação, mas em prol da educação.        Esse processo crítico, bem como o estímulo ao interesse sobre a influência das tecnologias de informação e comunicação, pode/deve ter início na escola.
              Diz também que enquanto uma disciplina direcionada aos processos midiáticos e às tecnologias  não entra em vigor nas escolas, as matérias institucionalizadas, como a Educação Física, podem fazer uso do conceito de mídia-educação para realizar este trabalho.
             Vejo que nossos alunos  tem muito acesso as informações diariamente e cabe ao professor conhecer a realidade da sua comunidade e permitir e facilitar o uso das mídias como recursos pedagógicos para a transformação desta informação em conhecimento, onde o seu papel será de mediador, uma vez que os alunos trarão e pesquisarão estas informações e por mediação  do professor elaborarão os conhecimentos.
            Este artigo é indicado para acadêmicos e professores de educação física, pois permite refletir quanto a Mídia-educação como ferramentas pedagógicas para trabalhar o surf na escola.
            O referido artigo poderá ser ampliado em seus estudos proporcionando a reflexão quanto às demais atividades físicas  presentes nas cidades litorâneas de Santa Catarina.