CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EDUCAÇÃO NA CULTURA DIGITAL
NÚCLEO ESPECÍFICO EDUCAÇÃO FÍSICA
Cursista: Profª Mágda Custódio Costa
Atividade 3
Mídia-Educação:
Ensino e Competências
ARTIGO: SURF E
EDUCAÇÃO: O CONCEITO DE MÍDIA-EDUCAÇÃO EM UMA PROPOSTA PEDAGÓGICA COM O SURF
Giorgia Enae MartinsBolsista PET- Educação Física/UFSC
Aluna da Graduação em Educação Física – Licenciatura/UFSC
Resenha
do artigo acima por Profª Mágda Costa
Este artigo
objetiva buscar no conceito Mídia-educação ferramentas de se trabalhar o surf
na escola, de forma a aumentar a bagagem de conteúdos a serem trabalhados nas
aulas de Educação Física em escolas
de cidades litorâneas de Santa Catarina, da autora Martins, Giorgia Enae , Bolsista PET- Educação
Física/UFSC, disponível em
http://pt.scribd.com/doc/23404636/Surf-e-Educacao#scribd.
A narrativa
textual fora organizada em tópicos através da apresentação do artigo, introduzindo
em seguida o assunto e posterior fundamentação teórica sobre a utilização do conceito mídia e educação aliado
ao conteúdo do Surf na Educação Física Escolar com tópicos sobre mídias, surf e
educação e seus referidos conceitos, considerações finais e referências
bibliográficas sobre o referido estudo.
Em sua explanação
introdutória a autora refere-se à infância e a adolescência com
fundamental importância para o desenvolvimento do ser humano, onde ocorrem transformações em seu processo de
formação, e concordo que nesta fase, boa parte destas mudanças ocorrem em
período escolar e a escola deve estar atenta para contribuir para o melhor desenvolvimento
deste ser em permanente evolução, metamorfoses e aprendizados, preparando-o para a vida.
Sendo
que a autora considera que a estrutura de ensino escolar atual é determinada
por uma realidade política e quantitativa, em busca do aumento de estatísticas,
sem o devido cuidado com a qualidade do ensino e com aqueles que vivenciam o
espaço escolar.
Cita Padilha (2001) que propõe uma forma de
organização escolar onde o planejamento, não mais, funcione como argumento
administrativo e burocrático somente, mas como forma de estabelecer diretrizes
norteadoras da educação.
Eu diria que nesta
perspectiva a educação deve primar pela formação integral do educando
vislumbrando integrar diferentes metodologias para alcançar com êxito o ensino
aprendizado de forma a ressignificar o saber, interagindo com o meio social
onde o discente está inserido. Na atualidade os jovens são nativos digitais,
estabelecem relações sociais e de aprendizagem através das mídias digitais e
então é possível utilizar este recurso midiático para alavancar a aprendizagem e
estabelecer relações sociais, utilizando um mecanismo já inerente à vida
juvenil, o que tornaria o processo mais agradável e de maior interesse aos
educandos.
Segundo a autora deste artigo no
tópico surf e educação, nas aulas de
Educação Física, os conteúdos devem condizer com a realidade da cultura
corporal presente naquela comunidade ou localidade. Penso que, por haver identidade e apreço dos alunos por
uma atividade, cultura já predominante na sua comunidade, neste caso, o surf,
vai tornar o estudo muito mais significativo e certamente vai responder aos
anseios de conhecimento e aprofundamento de estudos por parte destes discentes
fazendo com que participem e correspondam às expectativas do professor também.
Conceituando diz que “Mídia
é uma palavra derivada do latim que significa meio. São os meios de comunicação
de massa, relacionados à área técnica de propaganda com a veiculação de
mensagens comercias.” E acredito que no
caso da Educação Física podem ser exploradas várias formas de mídias para
difundir ainda mais o conhecimento que estes alunos já possuem sofre o surf,
através de matérias em jornais impressos, matérias televisivas, imagens e
vídeos da internet das manobras realizadas nas ondas, entrevistas de surfistas
renomados na região, estados e países.
Com um projeto de Surf na Escola,
todos meios utilizados no processo educativo entram em
vigor, e ainda incitam a criatividade e a renovação da ação do professor, diz a
autora. E contribuo afirmando que muitos destes movimentos e posturas corporais
necessárias para equilibrar-se sobre a prancha podem ser praticados na escola
durante as aulas de educação física, improvisando ambiente e recriando
equipamentos para tal finalidade. E também penso na possibilidade de uma saída
de estudo até a beira mar para uma atividade de aprendizagem mais específica,
onde além da prática, filmariam, bateriam fotos, associando os meios de
aprendizagem à cultura digital, editariam no Powerpoint, produziriam vídeos, problematizando
o movimento humano no Surf e a relação com a ação humana e da sociedade nas
aulas de educação física. E para finalizar todo o processo de ensino
aprendizagem seria ótimo utilizar a mídia para difundi-lo e receber sugestões
de melhorias. Poderiam utilizar o blog e face da escola, uma rádio local e
jornais impressos e online locais.
Citando Perriault (1996) Apud Belloni (2001), descreve
que “é urgente atualizar a tecnologia educacional porque uma nova “autodidaxia”
importante está se desenvolvendo há vários anos nos jovens por meio das
mídias”. Autodidaxia, ou seja, o caminho da educação é através do
próprio aprendiz, do usuário.
Creio ser visível que os jovens já
estão tão apegados e familiarizados com as mídias que facilitaria em muito o
trabalho do professor ao fazer uso delas como ferramenta pedagógica proporcionando aproveitamento das TDIC utilizada nas diferentes
linguagens como mecanismo de aprofundamento do conhecimento, neste caso do
surf, favorecendo a inclusão e acesso as tecnologias digitais e
letramento, autonomia, autoria e
produção dos trabalhos aplicando
conhecimentos e representando o pensamento nas diferentes linguagens digitais
através das pesquisas em rede, organização
das apresentações, filmagens e edição dos vídeos.
Segundo a autora, em suas
considerações finais, o aluno aprende a
dar ênfase ao que eles próprios querem passar sobre determinado conteúdo, no
caso o Surf, e entender o processo de manipulação da informação, mas em prol da
educação. Esse processo
crítico, bem como o estímulo ao interesse sobre a influência das tecnologias de
informação e comunicação, pode/deve ter início na escola.
Diz
também que enquanto uma disciplina direcionada aos processos midiáticos e às
tecnologias não entra em vigor nas
escolas, as matérias institucionalizadas, como a Educação Física, podem fazer
uso do conceito de mídia-educação para realizar este trabalho.
Vejo que nossos alunos tem muito acesso as informações diariamente e
cabe ao professor conhecer a realidade da sua comunidade e permitir e facilitar
o uso das mídias como recursos pedagógicos para a transformação desta
informação em conhecimento, onde o seu papel será de mediador, uma vez que os
alunos trarão e pesquisarão estas informações e por mediação do professor elaborarão os conhecimentos.
Este
artigo é indicado para acadêmicos e professores de educação física, pois
permite refletir quanto a Mídia-educação como ferramentas pedagógicas para
trabalhar o surf na escola.
O
referido artigo poderá ser ampliado em seus estudos proporcionando a reflexão
quanto às demais atividades físicas
presentes nas cidades litorâneas de Santa Catarina.